Por Rafael Camilo Godoi
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Yuri Verkhoshansky e sua filha Natalia |
O método pliométrico (ou choque como é chamado pelo seu criador russo) é o principal meio usado por muitos treinadores e preparadores físicos para desenvolver a força explosiva de seus atletas. Com certeza este método é um dos melhores, porém não é o único quanto ao desenvolvimento da potência muscular.
O idealizador deste método, o Prof. Dr. Yuri V. Verkhoshansky, escreveu algumas considerações sobre quando o treinamento de choque não pode ser utilizado e nem aplicado aos atletas. E é isto que será discutido a seguir.
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Técnica de execução: salto profundo |
- Se o atleta estiver com traumas não curados nos músculos, articulações, ligamentos e tendões;
- O desportista permanecer no estado de sobre-treinamento crônico (overtraining);
- O atleta possuir pé chato congênito (este especificamente nos saltos profundos);
- Nas etapas iniciais da iniciação esportiva (infância);
- No início de um programa de treinamento, sem que o aparelho locomotor esta preparado para suportar a carga imposta pelo método;
- Na etapa onde a preparação técnica esta sendo aperfeiçoada e exija detalhes nos aspectos ligados à coordenação;
- No período destinado ao treinamento da velocidade, quando se exigir um alto nível de trabalho do aparelho neuro-muscular;
- Às vésperas de competições (deve-se encerrar pelo menos entre 7-10 dias antes)
- Se o atleta não dominar a técnica correta dos exercícios;
- À noite, pois devido a super excitação do sistema nervoso central, muitos dos desportistas dormem mal.
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Pé chato ou plano |
É importante ficar atento a essas recomendações. Esses detalhes muitas vezes passam despercebidos pelos olhos do treinador e, o que parece insignificante, pode prejudicar o rendimento ou até mesmo a saúde dos atletas.
Abaixo, indico algumas referências para o aprofundamento a cerca do desenvolvimento de potência muscular a partir do método de choque.
Abraço a todos e bons treinos!
VERKHOSHANSKY, I.V. Força: treinamento de potência muscular – método de choque. Londrina: Centro de Informações Desportivas, 1998.
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