Foto: Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBB
Londres, Inglaterra – Uma cesta de três
pontos dos russos, quando faltavam apenas quatro segundos para o final da
partida, fez com que a Seleção Brasileira Adulta Masculina perdesse a invencibilidade
nos 30º Jogos Olímpicos de Londres. Na tarde desta quinta-feira (02/08), os
brasileiros foram derrotados pela Rússia por 75 a 74 (40 a 32, no primeiro
tempo), mas permanecem na briga pelo primeiro lugar no Grupo 'B'. O próximo
adversário do Brasil será a China, no próximo sábado (04/08), às 12h45 (horário
de Brasília), na Basketball Arena, em Londres.
O Brasil torce agora por um resultado
positivo dos espanhóis sobre os russos, na partida que será realizada no
próximo sábado. Mas o time do técnico Ruben Magnano precisará também vencer os
espanhóis, na última rodada da fase de classificação, no dia 6, caso queira
finalizar no topo da chave. A Seleção Brasileira soma no torneio duas vitórias
e uma derrota, enquanto que os russos continuam invictos com três vitórias, em
três jogos disputados.
O ala Marquinhos definiu como uma fatalidade
a derrota brasileira, mas também considerou como um aprendizado para os
próximos confrontos. “É duro aceitar uma derrota assim, com o adversário
acertando a última bola e da forma que acertou. Isso é basquete. Precisamos
levar isso como lição, pois ainda temos à China e a Espanha pela frente.
Precisamos vencer os chineses e começar a pensar no mata-mata”, disse o ala.
O ala/pivô Guilherme Giovannoni também não
escondeu a tristeza pelo resultado, mas acredita na recuperação nacional contra
a China. “Ficamos todos chateados pela forma que perdemos. Mas não podemos
ficar abalados, porque temos a China pela frente e será uma partida decisiva.
Olimpíada é um torneio curto e não se pode ficar feliz com uma vitória e muito
menos triste com uma derrota. O time lutou, recuperou uma diferença de 11
pontos deles e tivemos o jogo na mão, mas acabamos levando uma cesta espírita
deles”, comentou Giovannoni.
O pivô Anderson Varejão concorda com os
companheiros e acrescenta: “Precisamos vencer nossos próximos dois jogos nesta
fase de grupos. Isso que importa. É difícil aceitar uma derrota da forma que
foi, mas precisamos pensar na China agora e depois na Espanha”, completou
Varejão.
BRASIL 74 x 75 RÚSSIA
Com as duas equipes exercendo uma forte
marcação individual, o jogo começou muito tenso e com muitos erros de ambos os
lados. No entanto, o quinteto inicial brasileiro formado por Alex, Marcelinho
Huertas, Leandrinho, Varejão e Splitter, foi superior e chegou na frente com o
placar de 20 a 15 no final da primeira parcial.
No segundo período, a Rússia passou na frente
do marcador depois de uma cesta de três pontos de Kirilenko (24 a 23). Com o
domínio no garrafão, os russos fecharam o primeiro tempo na frente em 40 a 32.
Na volta para o terceiro período, a Rússia
chegou a abrir 11 pontos de vantagem sobre o Brasil (59 a 48). Mas depois de um
tempo do técnico Rubén Magnano, o Brasil aprimorou a defesa e venceu o terceiro
quarto (21 a 19), mas continuou seis pontos atrás do marcador (59 a 53).
As maiores emoções do confronto ficaram
reservadas para os últimos 10 minutos. Com o quinteto formado por Larry Taylor,
Marquinhos, Leandrinho, Guilherme Giovannoni e Nenê, a Seleção Brasileira
empatou o jogo em 63 a 63. Com o placar elástico, brasileiros e russos
intercalavam no domínio do marcador.
O Brasil chegou a abrir cinco pontos de
vantagem (70 a 65), faltando 2min25seg. E a tensão cresceu na Basketball Arena.
Faltando 26 segundos, o jogo estava novamente empatado em 72 a 72, com posse de
bola para o Brasil.
O armador Marcelinho Huertas cortou toda
defesa russa e converteu uma brilhante bandeja, colocando a Seleção Brasileira
na frente em mais dois pontos (74 a 72), faltando seis segundos.Mas o
improvável aconteceu.
E os brasileiros não deixaram que Kirilenko e
Shved recebessem a bola, que acabou indo para Fridzon, da zona morta, que
acertou um arremesso milagroso de três pontos e deu à vitória aos russos.A
arbitragem ficou a cargo de José Carrion (Porto Rico), Luigi Lamonica (Itália)
e Rabah Noujaim (Líbano).
BRASIL (20 + 12 + 21 + 21 = 74): 23/47 bolas
de dois pontos (49%), 6/17 bolas de três pontos (35%), 10/18 lances livres
(56%), 13 assistências, 34 rebotes (26 de defesa e 9 de ataque), 7 bolas
recuperadas, 13 bolas perdidas e 22 faltas.
Jogando com: Alex (5), Huertas (8pts e 3
assists), Leandrinho (16), Varejão (4), Splitter (8pts e 5 rebotes), Larry
(12), Marquinhos (8), Marcelinho Machado (1), Nenê (8 pts e 5 rebotes) e
Giovannoni (4). Técnico: Rubén Magnano.
RÚSSIA (15 + 25 + 19 + 16 = 75) 22/40 bolas
de dois pontos (55%), 6/18 de três pontos (33%), 13/24 lances livres (54%), 18
assistências, 36 rebotes (27 de defesa e 9 de ataque), 2 bolas recuperadas, 16
bolas perdidas e 19 faltas.
Jogando com: Shved (17 pta e 6 assists), Kaun
(3), Khryapa (7), Ponkrashov (2), Kirilinko (19pts e 7 rebotes), Voronov (0),
Fridzon (6), Monya (3), Mozgov(18) e Khvostov (0). Técnico: David Blatt.
Nenhum comentário:
Postar um comentário